quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Atalanta

Ela tinha o rosto muito masculino para uma mulher e. ao mesmo tempo, muito feminino para um homem. Sobre seu destino foi-lhe revelado: “Não te cases, Atalanta, porque o casamento será tua ruína”.

Essa predição a atemorizou de
tal forma que ela decidiu fugir da companhia dos homens, dedicando-se inteiramente aos exercícios corporais e à caça. Quando algum pretendente à sua mão tornava-se mais insistente, ela geralmente se livrava da perseguição impondo-lhe uma regra: “Eu serei o prêmio daquele que conseguir vencer-me numa corrida, mas a morte será o castigo de quem tentar e perder”.
Apesar do risco que acompanhava essa proposta, muitos candidatos já haviam tentado conquistá-la sem sucesso e em todas as oportunidades o jovem Hipomenes tinha sido o juiz da disputa. A princípio ele se perguntava indiferente: “Será possível que alguém seja tão louco a ponto de arriscar sua vida desse modo, só para conquistar uma esposa?”. Até que um dia ao vê-la tirar as vestes para disputar uma das provas, ele entendeu a razão pela qual os interessados continuavam a chegar, e murmurou consigo mesmo: “Perdoai-me jovens, eu não sabia qual era o prêmio que irias disputar”.

Hipomenes passou a desejar que todos os candidatos fossem derrotados. Esse sentimento crescia e se tornava mais forte
a cada vez que o rapaz via a virgem correr. Para ele, nesses momentos ela ficava ainda mais bela, mais desejável, com os cabelos soltos agitando-se sobre os ombros e o rubor do esforço físico lhe coloria a face. Ao mesmo tempo, a brisa parecia dar-lhe asas aos pés e assim os concorrentes ficavam para trás, distanciados e eram mortos impiedosamente ao final da disputa.

Certo dia Hipomenes não mais se conteve e, fixando seus olhos nos olhos de Atalanta, ele disse: “Por que te vanglorias de vencer esses lerdos? Eu me ofereço para a disputa”. Sem saber o que responder, Atalanta apenas pensou: “Que deus pode tentar um homem tão jovem e tão belo a se arriscar dessa maneira? Tenho pena dele, não por causa de sua beleza mas sim porque é tão moço. Bom seria que desistisse ou caso seja tão louco para insistir, que me vencesse”.

Diante da
sua hesitação de Atalanta, os espectadores reagiram. Enquanto isso, Hipomenes implorava ajuda de Afrodite, deusa do amor: “Ajude-me, senhora, pois foste tu que me impeliste a amá-la”. Ouvindo a súplica, Afrodite que tinha nos jardins uma árvore de folhas e ramos amarelos com frutos de ouro, colheu três frutos e sem que ninguém notasse, os entregou a Hipomenes, já posicionado na linha de partida, ensinando-o como usá-los.

Dado o sinal de largada, Atalanta e Hipomenes partiram na corrida incentivados pela plateia. Logo
Hipomenes começou a respirar com dificuldade, sentindo a garganta seca, as pernas se tornando pesadas, o ímpeto diminuindo, apesar da meta ainda se encontrar distante. Seguindo as instruções de Afrodite, Hipomenes deixou cair uma das maçãs de ouro e Atalanta admirada parou para pegá-la, permitindo que Hipomenes ganhasse dianteira.

Mas Atalanta voltou a correr e logo alcançou o adversário. A
o percebê-la Hipomenes largou a segunda maçã. Novamente Atalanta parou para pegá-la mas reiniciou a corrida aproximando rapidamente do desafiante. Quando estava quase a ultrapassá-lo, próximo da linha de chegada, Hipomenes viu que só lhe restava apenas uma oportunidade e mais uma vez suplicou para Afrodite: " Oh deusa, faça frutificar tua dádiva" e jogou a última maçã de ouro.
Enquanto Atalanta se distraiu com a árvore de ouro que crescia, Hipomenes venceu a corrida. Atalanta ficou satisfeita com o presente de Afrodite e Hipomenes por ter conseguido vencer. Porém, felizes na comemoração se esqueceram de agradecer à deusa Afrodite. Com essa ingratidão não ficaram impunes os ofensores: a deusa Cibele que punia a ingratidão os fez perder a forma humana: Atalanta foi transformada em leoa e Hipomenes em um leão. Eles foram atrelados ao carro da deusa, onde ainda podem ser vistos em todas as suas representações, na escultura e na pintura


quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Calisto

"Calisto foi outra jovem que provocou o ciúme de Juno, enfurecida por notar o interesse do marido na jovem Juno transformou-a numa ursa.

— Acabarei com aquela beleza que cativou meu marido — disse a deusa.
Calisto caiu apoiada nas mãos e nos joelhos. Tentou estender os braços
numa súplica: eles já estavam começando a se cobrir de pêlo negro. As mãos
arredondaram-se, armaram-se de garras aduncas e tornaram-se patas; a boca,
cuja beleza Júpiter costumava exaltar, transformou-se num horrível par de
maxilas; a voz que se não fosse mudada inspiraria piedade aos corações tornouse um rugido, próprio a inspirar o terror. Contudo, sua antiga disposição
permaneceu e, continuando a gemer, Calisto deplorou seu destino e mantinha-se
tão ereta quanto podia, erguendo as patas para implorar mercê, e sentia que Jove
era cruel, embora não pudesse dizê-lo. Ah! quantas vezes, temerosa de ficar nos
bosques sozinha a noite inteira, vagueava pelas vizinhanças de sua antiga
morada! Quantas vezes, amedrontada pelos cães, ela, até tão pouco tempo
caçadora, fugia aterrorizada, dos caçadores! Quantas vezes fugia das feras,
esquecendo-se de que, agora, não passava ela mesma de uma fera! E, embora
sendo ursa, tinha medo dos ursos.
Um dia, um jovem a viu, quando estava caçando. Ela também o viu e nele
reconheceu o próprio filho, agora homem. Parou, tendo vontade de abraçá-lo.
Ao se aproximar, o jovem, assustado, ergueu a lança de caça e ia trespassá-la,
quando Júpiter, vendo o que se passava, impediu a consumação do crime e
afastou os dois, colocando-os no céu, transformados nas constelações da Ursa
Maior e da Ursa Menor.
 Juno enfureceu-se vendo sua rival merecer tal honra, procurou Tétis e
Oceano,  as antigas potências do mar e, pediu que impedisse o casal (ursa maior e ursa menor),
de penetrar nas  águas!
As potências do oceano concordaram e, conseqüentemente, as duas constelações da Ursa Maior e da Ursa Menor movem-se em círculo no céu,porém, jamais descem, como as outras estrelas, por trás do oceano."

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Hero e Leandro


Quadro de  Bonifacio Lazaro Lozano

"Leandro era um jovem de Ábidos, uma cidade localizada ás margens do estreito que separa a Ásia e a Europa, ele era apaixonado por Hero, uma sacerdotisa de Vênus(Afrodite) que habita a cidade de Sestos na margem oposta.
Impelido por seu amor pela jovem todas as noites,Leandro atravessava o estreito a nado para desfrutar da companhia de sua amada.
Ele guiava-se por uma tocha que Hero acendia no alto de um torre para este propósito,mas , numa determinada noite de grande tempestade o mar estava gitado e Leandro não teve forças para concluir sua travessia,vindo  a afogar-se.
Conta-se que as ondas levaram seu corpo ate a margem européia onde Hero o encontrou vindo a saber de sua morte e em seu desespero por perder o amado, atirou-se do alto da Torre e pereceu"


O que podemos notar no mito de Hero e Leandro, é o que se vê em muitos outros mitos, que dificilmente alcançam os seus "finais felizes" os mitos em sua grande maioria são historias que retratam a dor e o desespero dos amantes, ele foge aquela velha historia de ser tudo "um mar de rosas", o que vemos são casais tão apaixonados, a ponte de matar-se ao perder o companheiro, vemos um amor que se une na vida e na morte.


segunda-feira, 10 de setembro de 2012

O mito de Clície









"Diz-se que Clície era uma ninfa aquática que se apaixonou por Apolo(deus sol), que não correspondeu ao amor da bela ninfa. Clície ao ter o seu amor desprezado pelo deus ficou debilitada,sentada no chão frio o dia inteiro, com suas tranças caídas sobre os ombros.
Ficou ali durante nove dias sem comer ou beber,alimentando-se apenas de suas próprias lágrimas.Divisava o sol quando este nascia e acompanhava o seu percurso ate o crepúsculo.
Seus olhos não visualizavam nada mais a não ser o sol,todo tempo seus olhos estavam voltados para ele. Ate que, enfim seus pés enraizaram-se no solo e seu rosto transformou-se em uma flor que gira sobre a próprias haste, voltada sempre para o sol, mantendo desse modo o sentimento da ninfa que lhe deu origem.

E hoje esta flor é conhecida como girassol"

domingo, 9 de setembro de 2012

Personagens Mitologicos

  • Principais deuses Romanos
Júpiter - rei de todos os deuses, representante do dia
Apolo - Sol e patrono da verdade
Vênus - amor e beleza
Marte - guerra
Minerva - sabedoria, conhecimento
Plutão - mortos, mundo subterrâneo
Netuno - mares e oceanos
Juno - rainha dos deuses
Baco - vinho, festas
Febo - luz do Sol, poesia, música, beleza masculina
Diana - caça, castidade, animais selvagens e luz
Ceres - colheita, agricultura
Cupido - amor
Mercúrio - mensageiro dos deuses, protetor dos comerciantes
Vulcano - metais, metalurgia, fogo
Saturno - tempo
Psique - alma

  • Principais deuses gregos
Zeus - rei de todos os deuses
Afrodite - amor
Ares - guerra
Hades - mundo dos mortos e do subterrâneo
Hera - protetora das mulheres, do casamento e do nascimento
Poseidon - mares e oceanos
Eros - amor, paixão
Héstia - lar
Apolo - luz do Sol, poesia, música, beleza masculina
Ártemis - caça, castidade, animais selvagens e luz
Deméter - colheita, agricultura
Dionísio - festas, vinho
Hermes - mensageiro dos deuses, protetor dos comerciantes, dos viajantes e dos diplomatas.
Hefesto - metais, metalurgia, fogo
Crono - tempo
Gaia - planeta Terra

 Os principais seres mitológicos da Grécia Antiga eram :

- Heróis : seres mortais, filhos de deuses com seres humanos. Exemplos: Herácles ou Hércules e Aquiles.


- Ninfas : seres femininos que habitavam os campos e bosques, levando alegria e felicidade.


                      - Sátiros : figura com corpo de homem, chifres e patas de bode.



 - Centauros : corpo formado por uma metade de homem e outra de cavalo.
 - Sereias : mulheres com metade do corpo de peixe, atraíam os marinheiros com seus cantos atraentes.
- Górgonas : mulheres, espécies de monstros, com cabelos de serpentes. Exemplo: Medusa
- Quimera : mistura de leão e cabra que soltava fogo pelas ventas.
 






 
 


quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Introdução

Quando se fala em mitologia qual a primeira coisa que vem na sua cabeça? Hércules? Zeus? Hades? O Olimpo? Grécia? Roma? Medusa? Monstros enormes e sacrifícios de virgens?
De fato tudo isto esta associado a Mitologia mas,
antes de qualquer coisa, para se falar sobre mitologia é preciso entender o conceito da própria palavra.
Ora, não se pode entender algo sem sabermos o seu significado.
 Afinal, o que é Mitologia?

O termo mitologia pode referir-se tanto ao estudo dos mitos, quanto ao conjunto de vários mitos.
Mas qual é a formação etimológica da palavra Mitologia?
Mito-  vem do grego MYTHÓS e pode ter vários significados:  "assunto, invenção, lenda, relato imaginário”
Logia- Também de origem grega, significa: "estudo"
Logo Mitologia pode ser classificada como o estudo de lendas/relatos imaginários.

Os Mitos

Mitos são historias fantasiosas que tem por finalidade principal explicar a ideia  e a origem de algo ou de alguma coisa, na antiguidade eram passados através da oralidade dos "mais sábios/mais velhos" para mais os mais novos.
Mitos de acordo com a filosofia se dividem em dois: o Mito natural e o Mito cultural.
Um ligado a explicação sobre a origem da natureza, do universo, do mundo e o outro ligado com as explicações de questões culturais, como as guerras, as epidemias e etc. 

Os principais personagens da mitologia são  deuses, semi-deuses e heróis.

Bom, agora que ja conhecemos um pouco mais sobre a mitologia poderemos expor e opinar sobre alguns dos muitos mitos criados para explicar a origem de diversas coisas.
 Por enquanto é só
Beijinhos e ate a próxima!